segunda-feira, 21 de novembro de 2005

Então eu fui ver o filme do Vinícius. O filme é legal, formato de documentário. Gostei. Principalmente de ouvir os depoimentos de quem conheceu a figura. Figura mesmo. Não tem outro jeito de descrever. Adorei ouvir as músicas de novo.
Só fiquei com uma pulga atrás da orelha. Por que o filho dele não aparece? As filhas todas aparecem! O filho não. Só fala que ele nasceu, Pedro, filho do primeiro casamento. Pensei, será que ele morreu também? Não descobri. Só descobri que ele é fotógrafo...E a música que o Vinícius fez pra ele é tão linda! E nem toca no filme. Triste demais isso.
Outra coisa que me incomoda, e incomodou também no filme do Cazuza, é ter que enxergar sem sombra de dúvida o tanto que eu nasci pra ser formiguinha operária. Eles passam a vida sendo geniais. Compondo, criando, colorindo o mundo... Tão lindo!!! Ah, como eu queria saber fazer isso também. Até acho que vale a pena morrer de cirrose por isso. Morrer todo mundo vai mesmo...
Mas eu não sei. Não nasci assim. Eu entendo o quanto é lindo e especial, mas não sei fazer. Que resulta disso? Eu estudo (pelo menos finjo), trabalho, bato cartão e tal. E fico torcendo pra os poetas durarem um pouquinho mais. Escreverem um pouquinho mais. E quem sabe eu não compreendo finalmente como é que o negócio funciona e paro de ser formiguinha também...

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