sábado, 1 de outubro de 2005

Quando você convive com gente que tem mais ou menos a sua idade acontece um fenômeno muito interessante. As mesmas coisas acontecem num tempo mais ou menos próximo pra quase todo mundo. Explicando, primeiro tem a temporada de formaturas (que já está quase no fim, inclusive), depois a temporada dos casamentos (e essa está só começando) e depois a temporada dos nascimentos e batizados (que resolveu começar também). Eu estou achando muito legal. Adoro ver meus amigos acharem os amores das suas vidas, adoro ser titia coruja de feijãozinho. Adoro, adoro, adoro!!!

Mas, contudo, entretanto, eu não consigo deixar de fritar um pouquinho (tá, nem tão pouquinho assim) sobre o que isso significa. Eu estou ficando velha!!! Até então eu pensava, eu estou crescendo... Que é a mesma coisa, mas soa tãããããão melhor. Só que agora eu, no espelho das atitudes dos meus amigos, tenho que aceitar o fato de que eu sou (argh!) adulta. Que pânico! Uma amiga minha me disse que ia mudar pra França (que legal!), que antes de ir ia se casar (vou ser madrinha, eba!), mas que não podia ficar gastando dinheiro demais porque eles queriam comprar um apartamento quando voltassem ( para tudo!!!). Aí não! Aí é demais! Pode mudar, casar, fazer o que bem entender, mas comprar apartamento não! Eu fiquei tentando entender porque o apartamento me incomodava tanto. Eu não tenho resposta. Nada me ocorre além do fato de que comprar apartamento é gente grande demais. E nem é uma coisa recém-adulta. Isso é coisa de adulto-adulto. E pensar que eu já estou andando nessas imediações me apavora. Absurdamente. Ridiculamente.

Eu não estou fazendo uma proposta de morarmos na Terra do Nunca. Eu acho que a gente ainda vai se divertir muito nas fases vindouras. Eu desejo toda a sorte do mundo para os meus queridos corajosos que vão encarar a fase 2 (ou 3, sei lá). Vou me debulhar nos casamentos, vou babar nos filhotes e vamos todos rir muito das fritações desta que vos escreve. Mas vai mudar tudo. E quando isso acontecer ( e já está acontecendo) eu vou ter saudade de como era. Então eu vou ficar aqui mentalizando que nada mudou. Só mais um pouquinho...

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