terça-feira, 8 de junho de 2004

É oficial, eu sou uma troglodita!

Eu já me acostumei durante os anos com os comentários e brincadeiras dos meus amigos sobre a minha falta de coordenaçao motora e excesso de força física. No começo nao me incomodava, inclusive, eu tinha até um certo orgulho em ser a garota forte. A única que consegue abrir o pote de azeitonas, sabe? Só que com o tempo começou a enjoar. Eu percebi que a garota forte carrega suas próprias coisas e sempre tem alguém prá fazer uma piadinha. Nao sei quantas vezes tive que engolir meu instinto assassino enquanto escutava pela milésima vez: olha o braço dessa menina! Nossa, mas vc é forte mesmo! Um saco! Nao consigo imaginar de onde algumas pessoas tiram que elas estao autorizadas a ficar apalpando o meu braço prá verificar a musculatura (Isso é músculo ou gordura?). Só no mundo bizarro!

De qualquer maneira, já tem um tempo que eu estou tentando consertar essa situaçao. Como? Bom, eu tenho tentado me controlar... Evito coisas que quebram muito fácil e só abro potes prá amigas próximas. Pode parecer ridículo, mas funciona. E blusas com mangas também!

Só que um dia a máscara cai. E no meu caso as custas da saúde de inocentes. Duas semanas atrás eu estava na aula de karate. Só que eu nao estava num bom dia, estava mais distraída e desastrada que de costume. Até aí, normal. Só que, treino vai treino vem, eu dei um golpe mal dado em uma colega. Golpe meio torto e com força demais. Resultado; ela machucou o dedo. Inchou, ficou roxo, um horror! E pior, ela nao conseguia mais dobrar o dedo. Foi aí que eu apavorei; Quebrou! E tinha quebrado mesmo! Eu quebrei o dedo da menina!Eu causei uma fratura em outro ser humano! Eu sou uma troglodita! Um orangotango! Vou arrumar uma turma de arruaceiros e vou cometer atos de vandalismo na Savassi! É uma tristeza! Eu já pedi milhoes de desculpas, mas nao me sinto melhor! A minha tentativa de passar por uma pessoa normal (nao extremamente desastrada de uma maneira perigosa para os outros) fracassou. Acho que vou me isolar no alto de uma montanha ou talvez eu me tranque na jaula dos gorilas, afinal nós compartilhamos da mesma delicadeza...

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