quarta-feira, 4 de março de 2009

E de repente, sem nenhum tipo de aviso ou consideração do universo, eu estou prestes a adentrar a quarta década da minha vida ( sim a quarta, a primeira é até os dez anos).

É ao mesmo tempo fascinante, surpreendente, extremamente injusto e assustador. Eu não sei você, mas eu sempre imaginei o que eu estaria fazendo quando tivesse uma idade ou outra. Tudo bem, eu errei em todas as outras vezes. Por que acertar nessa? Sei lá. Pelos mesmos motivos que levam alguém a continuar torcendo pra um time que não ganha nada? ( Eu sou cruzeirense, então não entendo disso) Eu sou muito teimosa pra desistir de acertar. E muito preguiçosa pra fazer acontecer. Segundo o Guia do Mochileiro das Galáxias, se eu me sentar quietinha aqui e esperar tempo o suficiente qualquer coisa pode acontecer. O universo é grande assim. O problema é que talvez seja grande demais, porque aí vem minha quarta década e eu continuo errando.

Uma coisa que eu tinha certeza absoluta que já teria acontecido é que eu já seria uma pessoa adulta. Gente grande mesmo, sabe? E cá pra nós, não é assim que eu me vejo. Atualmente eu estou começando a me perguntar se algum dia vou me ver assim.
Não adianta falar, mas você é médica, conserta os ossos das pessoas e fica bom! ( Na verdade costuma ficar ótimo, mas quem está contando?) Ainda assim eu continuo me surpreendendo com coisas que já estão pra lá de passadas. Tipo eu acho o máximo abrir conta num restaurante, pedir outra coca sem a permissão da minha mãe, pagar com cartão (fala sério!!! )

O problema é que o tempo passa, as coisas mudam. Estando eu pronta pra elas ou não. E daqui a pouquinho, num dia próximo às 9:30 da manhã, eu vou ter mais um item pra minha coleção de coisas que eu já fiz. O que eu não tenho, ainda não tenho, é alguma idéia do é que eu estou fazendo ou pra onde estou indo. De qualquer maneira estou me divertindo muito tentando descobrir. Isso parece muito uma frase barangona que eu li outro dia; "o melhor da viagem é o caminho". Não que eu tenha nada contra baranguice. ( meu tipo específico de baranguice, o resto é paia)

Por exemplo eu adoro Cole Porter. Que não é barango, mas quase. Sorte que é tudo em inglês e fica mais disfarçado.

Pra terminar uma música em minha própria homenagem. Cole Porter, é claro.

You're The Top

(...)

You're the top!
You're the Coliseum.
You're the top!
You're the Louver Museum.
You're a melody from a symphony by Strauss
You're a Bendel bonnet,
A Shakespeare's sonnet,
You're Mickey Mouse.
You're the Nile,
You're the Tower of Pisa,
You're the smile on the Mona Lisa
I'm a worthless check, a total wreck, a flop,
But if, baby, I'm the bottom you're the top!

(...)

You're the top!
You're Mahatma Gandhi.
You're the top!
You're Napoleon Brandy.
You're the purple light
Of a summer night in Spain,
You're the National Gallery
You're Garbo's salary,
You're cellophane.
You're sublime,
You're turkey dinner,
You're the time, the time of a Derby winner
I'm a toy balloon that’s fated soon to pop
But if, baby, I'm the bottom,
You're the top!

You're the top!
You're an arrow collar
You're the top!
You're a Coolidge dollar,
You're the nimble tread
Of the feet of Fred Astaire,
You're an O'Neill drama,

You're Whistler's mama!

You're camembert.

You're a rose,
You're Inferno's Dante

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