domingo, 4 de julho de 2004

Eu sempre adorei festa junina. Um dos motivos para isso era dançar quadrilha. Eu sempre dancei e sempre gostei; primeiro apesar dos meninos e depois, em parte, por causa deles. Acontece que o tempo passou e passou também a época das quadrilhas. Tudo bem, sabe, eu gostava, mas vieram outras coisas muito melhores para substituir. Só que de vez em quando ainda dá uma pontinha de saudade.

Esse fim de semana eu fui a uma festa junina no sítio de uma amiga. O convite foi prá ir a caráter. E eu, é claro, fui. Vestido xadrez, fita no cabelo e a promessa: vai ter quadrilha. Chegando lá eu fui me animando. Todo mundo bem típico, bigodes e barbichas desenhados nos meninos, caldos, fogueira, pé-de-moleque e até quentao! Estava prometendo! Até a música estava típica! A hora estava perfeita! Foi feito o anúncio! Vai começar a quadrilha, pegue o seu par! Eu arrumei um par rapidinho e começamos a rodar. Passeio na cidade! Até aí tudo bem. Mas só até aí. O negócio travou! Começou uma discussao sobre o que é que devia ser feito, ninguém lembrava direito qual era o próximo passo. A maioria do pessoal nao sabia o que era "cestinho de flor", "voa gaviao" ou de que lado a mulher devia ficar. O quentao já estava fazendo efeito e a turminha resolveu inventar uns passos novos prá quadrilha já que os antigos nao estavam funcionando. Alguém deixou uma bebida cair no chao (antes que me acusem, nao fui eu) que virou um sabao e começou um festival de tombos (nao foram tantos assim, mas de qualidade, cada um deles). Nisso, alguém que já esava de saco cheio da música típica se apoderou do som e finalizou de vez a qualdrilha. Uma pena... Nao deu prá matar a saudade, na verdade, essa quase quadrilha deu foi mais vontade de dançar outra vez... Fazer o que? As coisas passam, funciona assim. Nao que a gente mude muito nao. Eu imagino que se tivesse quentao naquela época, a quadrilha nao saía também nao...

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